sexta-feira, 27 de julho de 2007

A culpa é de quem?


O avião caiu. Mas a culpa é de quem? Até agora, segundo os peritos de ninguém. As informações da caixa preta, até momento não indicaram nenhum culpado. A falta do grooving, responsável pelo escoamento da água, não pode ser considerada a culpada do acidente. O reversor da turbina não funcionava, mas também não há nada que comprove que esse defeito causou a tragédia, como também nada indica que o piloto tenha falhado. No entanto, a grande mídia tupiniquim já escolheu o seu, o governo Lula, e o enfiam goela abaixo da sociedade civil. Noticias e mais noticiais ligando o governo federal ao acidente cansam a vista. Não há duvida da falta de investimento, nos aeroportos e no sistema de controle aéreo, desse governo como também dos outros. Também não há indicio que a crise aérea seja responsável pela queda do avião, pois como já foi dito não há culpado comprovado. Afinal vender que essa crise é culpa desse governo é a mesma coisa que aceitar que o mensalão era pratica de um só partido ou de uma só bancada, afinal até as esquinas de Brasília sabem da compra de votos da votação da reeleição de FHC. A sociedade aceitou e nos dois casos criou-se a verdade que ambos problemas são do governo de Lula.
Verdade eu acredito, é compreender que a mídia brasileira faz uma campanha contra o atual governo. Afinal durante toda nossa história tivemos como nossos representantes descendentes da fina linhagem branca, rica, judia e intelectual e nosso país distribuiu renda, tornou-se mais justo, democrático e com avanços na educação. Fina linhagem que é a dona dos principais meios de comunicação e que organiza essa campanha anti-lula.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Morreu ACM! Viva!


Hoje é um dia festa! Morreu uma das figuras mais perversas da política brasileira. Antonio Carlos Magalhães é para os baianos o que um dia representou para os paulistas o nefasto Paulo Maluf. Representante da alta oligarquia baiana, e do ficou conhecido como coronelismo, ACM utilizou-se de métodos corleonianos para fincar seu pé no território de influencia da política nacional. Cobra criada dos militares, teve no período da ditadura militar o espaço e o aval para comandar a Bahia. De lá seus tentáculos alcançaram cargos de Ministro e Senador. ACM representante daquilo que há de pior no Brasil, filho do autoritarismo, era conhecido por métodos cruéis contra seus adversários, rendendo-lhe o apelido de Toninho Malvadeza. Infelizmente ACM produziu diversos afilhados na politica baiana e nacional, todos adeptos de seu estilo truculento e autoritario. Que tenham o mesmo fim! ACM morreu! Viva a Liberdade!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O triste fim de um desconhecido - contado por ele mesmo


(I)

[Imagino as tantas vezes
que lhe fui o confidente;
Penso nos sorrisos,
nos olhares vacilantes.
À meia distância fui sempre
o eu-mesmo de agora]


O jogo visceral da verdade
fez-me homem, portanto.

Por ora, resta-me insurgir contra esse mal
e contar-lhes parte dessa estória;

Sou o mísero profeta do meu próprio fim
Encarcerado, rogo-me para que eu mesmo
goste um pouco mais de mim.

(II)

E fui dar-me com os vadios do Baixo Glicério;
Andei às avessas com o dia,
Amei profundamente os sabores da noite.

Das olheiras conquistadas,
o motivo do meu apelido;

Famigerado infante soturno,
que -sorrateiro- caminha parabolizante
entre bares e mundrungos vociferantes.
Inda hei de meter-me num mal intermitente;
Sei disso muito antes que me alerte toda essa gente.

(III)

E a causa do meu infortúnio
eu alego:
foi um amor-perdido que me deixou demasiadamente cego;

Aos entes, queridos, escreví uma carta de despedida.
Aos lobos da noite, que brindam a minha partida,
dou-lhes o vinho e a cachaça;
façamos do amor o torpor
e do fumo a fumaça.

(IV)

Viagem insólita essa que lhes narro.
Passei por espelhos, chagas, choros, cigarro.
E entre as suntuosas avenidas,
entretantas lágrimas escondidas,
não encontrei nem um banco frio para me deitar;

as praças e as próprias guias ou calçadas
estiveram-me fugidias, todas impossibilitadas.

Fui negado não apenas pelos olhos vis da sociedade;
Fui negado ainda por crianças, árvores e pelo esgoto da cidade.

(V)

Mas o que é o fracasso
para quem tão cedo fenece?

De que lhe vale uma vida
se tampouco a merece?

Sei por essas andanças
que há tristeza de sobra neste mundo;
E que no fundo é uma semente ingrata

que brota, velada,
que cresce, veloz,
e que repentinamente


mata.


segunda-feira, 2 de julho de 2007

A escolha sempre a ser feita


Ou renunciar toltalmente a vida! - gritou derepente com furor -, aceitar docilmente o destino como ele é, de uma vez por todas, e sufocar tudo em mim, abrindo mão de qualquer direito de agir, viver e amar.(Dostoievski, Crime e Castigo). A pergunta a ser feita por nós mesmos no final é sempre essa, pode ser Raskolnikov, Renton, João, Maria....